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9 de jun. de 2015

Monguba

Pachira aquatica Aubl., originária da América do Sul, incluindo do Brasil, da família Malvaceae Juss.
Árvore que atinge aproximadamente 14 metros de altura, com caule bem circular e copa arredondada. Folhas palmadas com 6 a 9 folíolos. Flores lindas e perfumadas, com muitos estames compridos com a base amarela e extremidade rosada. Os frutos parecem o cacau com sementes grandes.

Usada na arborização urbana, em calçadas, praças, parques e jardins maiores. Além disso, suas sementes podem ser consumidas cruas, cozidas e torradas e moídas substituindo o cacau e o café. Desenvolve-se bem principalmente em locais com solo mais úmido, daí vem o nomeaquatica, mas também cresce em áreas mais secas, a sol pleno e com bastante húmus para segurar a água.


Multiplica-se sementes.








Postado por Assucena Tupiassu, em http://umaflorpordia.blogspot.com

21 de mar. de 2011

As 7 Verdades do Bambu

Para reflexão...
Este texto é lindo, e realmente inspirador... 

Autoria: Pe. Léo.
 



"Depois de uma grande tempestade, o menino que estava passando férias na casa do seu avô, o chamou para a varanda e falou:

Vovô corre aqui! Explica-me como essa figueira, árvore frondosa e imensa, que precisava de quatro homens para balançar seu tronco se quebrou, caiu com o vento e com a chuva… este bambu é tão fraco e continua de pé?

Filho, o bambu permanece em pé porque teve a humildade de se curvar na hora da tempestade. A figueira quis enfrentar o vento. O bambu nos ensina sete coisas. Se você tiver a grandeza e a humildade dele, vai experimentar o triunfo da paz em seu coração.

A primeira verdade que o bambu nos ensina, e a mais importante, é a humildade diante dos problemas, das dificuldades. Eu não me curvo diante do problema e da dificuldade, mas diante daquele, o único, o princípio da paz, aquele que me chama, que é o Senhor.

Segunda verdade: o bambu cria raízes profundas. É muito difícil arrancar um bambu, pois o que ele tem para cima ele tem para baixo também. Você precisa aprofundar a cada dia suas raízes em Deus na oração.


Terceira verdade: Você já viu um pé de bambu sozinho? Apenas quando é novo, mas antes de crescer ele permite que nasça outros a seu lado (como no cooperativismo). Sabe que vai precisar deles. Eles estão sempre grudados uns nos outros, tanto que de longe parecem com uma árvore. Às vezes tentamos arrancar um bambu lá de dentro, cortamos e não conseguimos. Os animais mais frágeis vivem em bandos, para que desse modo se livrem dos predadores.

A quarta verdade que o bambu nos ensina é não criar galhos. Como tem a meta no alto e vive em moita, comunidade, o bambu não se permite criar galhos. Nós perdemos muito tempo na vida tentando proteger nossos galhos, coisas insignificantes que damos um valor inestimável. Para ganhar, é preciso perder tudo aquilo que nos impede de subirmos suavemente.

A quinta verdade é que o bambu é cheio de “nós” (e não de eu’s). Como ele é oco, sabe que se crescesse sem nós seria muito fraco. Os nós são os problemas e as dificuldades que superamos. Os nós são as pessoas que nos ajudam, aqueles que estão próximos e acabam sendo força nos momentos difíceis. Não devemos pedir a Deus que nos afaste dos problemas e dos sofrimentos. Eles são nossos melhores professores, se soubermos aprender com eles.

A sexta verdade é que o bambu é oco, vazio de si mesmo. Enquanto não nos esvaziarmos de tudo aquilo que nos preenche, que rouba nosso tempo, que tira nossa paz, não seremos felizes. Ser oco significa estar pronto para ser cheio do Espírito Santo.
Por fim, a sétima lição que o bambu nos dá é exatamente o título do livro: ele só cresce para o alto. Ele busca as coisas do Alto. Essa é a sua meta."

bambu


Livro: Buscado as Coisas do Alto

18 de mar. de 2011

Aves da Mata Atlântica: megadiversidade em perigo

O ornitólogo e diretor do Museu de Zoologia da USP, Luís Fábio Silveira, fala sobre as aves da Mata Atlântica e de como protegê-la

Qual o número estimado de espécies de aves conhecidas na Mata Atlântica?
Ainda não foi encontrado um número concreto. A variação vai de 800 a 1200 espécies. Isso acontece por não termos uma definição exata dos limites desse bioma. Alguns pesquisadores levam em consideração áreas que para outros não fazem parte da Mata Atlântica. Mesmo tendo como base o menor valor, temos um número significativo, já que existem 1.832 espécies catalogadas em todo país.






Quantas espécies podem desaparecer no curto prazo?
É um paradoxo. Até hoje não foi comprovado nenhum caso de extinção de aves na Mata Atlântica. O que acontece é um processo de declínio. Porém duas teorias podem definir o destino dos animais desse bioma. A primeira diz que pode haver uma evolução contínua dos pássaros – onde se adaptarão a restrição de espaço e variação de clima. E a segunda – vai por um viés mais radical – fala que começamos a viver um período de extinção em massa.

É possível frear essa perda?
Sim, mas a longo prazo. Para reduzir esses danos é preciso usar mecanismos de recomposição florestal, com a criação de corredores ecológicos, introduções de espécies e revigoramento de populações. Essas medidas funcionam, mas não em 10 anos, talvez em 50 ou mais. Por isso é preciso começar hoje.

Existem projetos de recuperação florestal previstos para finalização em 2020. Esse é um prazo ilusório?
As pessoas querem resultados imediatos. Mas se começarem amanhã, nessa é data é possível que exista uma capoeira, que não terá uma grande diversidade de aves, principalmente. Quando se começa a fazer o plantio, muitas mudas vão morrer, outras vão ser atacadas por formigas, por exemplo. É necessário ter um processo de política contínuo. Tem que ser uma diretriz de governo e não promessa de apenas uma campanha.

Com qual freqüência se encontra uma espécie nova?
É muito raro. O grupo das aves é o mais estudado entre os animais. Descobrir uma espécie de roedor é trivial, assim como insetos e peixes. Encontrar uma ave nova é um acontecimento, considerando o que já foi feito até hoje. A possibilidade de encontrar algo novo é cada dia menor.
 



Qual o panorama de pesquisa da área?

Existem pesquisadores, mas não são suficientes para a quantidade de material disponível. Mesmo assim, ainda descobrimos espécies. O que mais acontece são os novos arranjos taxonômicos. Às vezes existem espécies com quatro ou cinco subespécies e quando estudadas a fundo, é constatado que, na verdade, eram espécies diferentes.

A atividade de birdwatching contribui de alguma forma para a conservação da biodiversidade?
Contribui muito. É importante ter birdwatchers andando nas unidades de conservação. Além de ficarem atentos a qualquer tipo de modificação do ambiente, também inibem o tráfico de animais e outras atividades ilegais. Eles servem como vigias da natureza.
 
Essa é uma prática a ser incentivada?

Com certeza. É uma atividade que te deixa sempre em contato com a natureza. Em minha opinião é mais saudável que uma caminhada. Como birdwatcher a pessoa tem uma relação mais próxima com a natureza e aguça mais os sentidos. É preciso ter um bom campo visual e saber distinguir sons.
 


Qual o impacto do crescimento das grandes capitais?
Analisar uma lista vermelha de espécies é o resultado de como nós nos relacionamos com o meio ambiente. Há uma devastação de mais de 500 anos sobre a Mata Atlântica. O que temos que fazer é lidar com o prejuízo que já foi causado.


fonte:  Planeta Sustentável

19 de fev. de 2011

A Revolta do Ipê amarelo!

Eu sei, mas não devia...

Marina Colasanti

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.
(1972)

Marina Colasanti
 nasceu em Asmara, Etiópia, morou 11 anos na Itália e desde então vive no Brasil. Publicou vários livros de contos, crônicas, poemas e histórias infantis. Recebeu o Prêmio Jabuti com Eu sei mas não devia e também por Rota de Colisão. Dentre outros escreveu E por falar em Amor; Contos de Amor Rasgados; Aqui entre nós, Intimidade Pública, Eu Sozinha, Zooilógico, A Morada do Ser, A nova Mulher, Mulher daqui pra Frente e O leopardo é um animal delicado. Escreve, também, para revistas femininas e constantemente é convidada para cursos e palestras em todo o Brasil. É casada com o escritor e poeta Affonso Romano de Sant'Anna.

O Verdadeiro Aprendizado


O Verdadeiro Aprendizado

» Depois de algum tempo

“Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoa-la por isso. 

Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distancias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem da vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.

Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam, perceber que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas que você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa – por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pois pode ser a última vez que as vejamos.

Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nos somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.

Aprende que não importa aonde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.
Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.

Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai, é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.

Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.

Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida”!

WILLIAM SHAKESPEARE 

Condomínio desenvolve meio-fio ecológico

Valorize a água...


Realidade

World Water Crisis  book Blue Planet Run safe drinking water to the one billion people who lack it
Delhi - India.  Todos querem apenas um pouco de água...
World Water Crisis  book Blue Planet Run safe drinking water to the one billion people who lack it
Dois sudaneses bebem água do pântanos com tubos plásticos, especialmente concebidos para este fim,
com filtro para filtrar as larvas flutuantes responsá veis pela enfermidade da lombriga de Guiné.
O programa distribuiu milhões de tubos e já conseguiu reduzir em 70% esta enfermidade debilitante. 

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Os glaciais que abastecem a Europa de água potável perderam mais da metade do seu volume
no século passado. Na foto, trabalhadores da estação de esquí do glacial de Pitztal, na Austria, cobrem o glacial
com uma manta especial para proteger a neve e retardar seu derretimento durante os meses de verão...

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As águas do delta do rio Niger são usadas para defecar, tomar banho, pescar e despejar o lixo. 

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Água suja em torneiras residenciais, devido ao avanço 
indiscriminado do desenvolvimento.

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Aldeões na ilha de Coronilla, Kenya, cavam poço profundos em busca 
do precioso líquido, a apenas 300 metros do mar. A água é salobra. 

World Water Crisis  book Blue Planet Run safe drinking water to the one billion people who lack it
Aquele que foi o quarto maior lago do mundo,agora é um cemitério poeirento
de embarcações que nunca mais zarparão...
VALORIZE A ÁGUA!
EM ALGUNS LUGARES ELA JÁ NÃO EXISTE MAIS...

Até seria bonitinho, se não fosse trágico...

Com um calor de 44°C que esteve  fazendo na Australia, os coalas estão com menos medo...

Nunca visto antes, os coalas pedem água aos ciclistas!!! 




Fez calor no sul da Australia durante mais de uma semana... + 44°C cada dia, muito seco. Um homen que vive em Maude, recebeu estas fotos da sua mulher.

Um pequeno Koala veio até ao alpendre da parte de trás da casa, para obter um pouco de sombra e ficar um pouco ao abrigo do calor. 

A mulher encheu um balde de água e olhem o que aconteceu... 


 


25 de nov. de 2010

Jardineiras fiéis

Formigas ajudam sementes a germinar na Mata Atlântica e no Cerrado

Maria Guimarães
Edição Impressa 161 - Julho 2009
Pesquisa FAPESP -  

© André Freitas

Quando andava por uma floresta na Mata Atlântica e viu a polpa de um fruto de jatobá aberto ser devorada por formigas, o biólogo Paulo Oliveira, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), começou a duvidar da noção difundida de que esses insetos sociais têm um papel desprezível na ecologia das sementes. Quase 15 anos depois, o grupo de pesquisa imerso na intimidade das relações entre plantas e formigas mostra que os pequenos animais não só arrastam as sementes para locais mais propícios como as limpam, facilitando a germinação. “A dispersão de sementes nos trópicos é muito mais complexa do que se achava”, comenta Oliveira.

Quase todos os holofotes dos estudos sobre ecologia de dispersão de sementes estão voltados para aves, macacos e outros vertebrados atraídos pelos frutos coloridos e com polpa saborosa de nove entre dez espécies de árvores e arbustos de grande porte. Esses animais carregam os frutos por grandes distâncias e lançam as sementes ao solo. Se o fruto cai por acidente, ele ainda pode estar quase intacto, mas mesmo depois de passar pelo sistema digestivo muitas vezes ainda resta um bom tanto de polpa.




O que acontece no chão, entretanto, passou praticamente despercebido até Oliveira fincar aí um dos fios condutores de seu grupo de pesquisa. Um dos produtos mais recentes vem do doutorado de Alexander Christianini, agora professor no campus de Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFScar). Ele e Oliveira mostram que no Cerrado de Itirapina, no interior de São Paulo, formigas de cinco gêneros recolhem as sementes que chegam ao chão. Em artigo deste mês na Oecologia, os biólogos sugerem um papel importante para as formigas depois que as aves transportaram as sementes para bem longe da árvore-mãe: elas fazem o serviço mais detalhado de jardinagem.

Aves e macacos em geral depositam as sementes debaixo de alguma árvore. Os restos de polpa então atraem as formigas, que levam nacos para dentro do formigueiro. “A semente fica limpinha no chão da floresta”, conta Oliveira, “impedindo que fungos se instalem e acabem por matar o embrião da planta”. Além disso, algumas formigas carregam as sementes até o formigueiro, que o pesquisador descreve como “uma ilha de nutrientes”, já que ali estão pedaços descartados de plantas e restos de formigas mortas e outros insetos.