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21 de mar. de 2011

As 7 Verdades do Bambu

Para reflexão...
Este texto é lindo, e realmente inspirador... 

Autoria: Pe. Léo.
 



"Depois de uma grande tempestade, o menino que estava passando férias na casa do seu avô, o chamou para a varanda e falou:

Vovô corre aqui! Explica-me como essa figueira, árvore frondosa e imensa, que precisava de quatro homens para balançar seu tronco se quebrou, caiu com o vento e com a chuva… este bambu é tão fraco e continua de pé?

Filho, o bambu permanece em pé porque teve a humildade de se curvar na hora da tempestade. A figueira quis enfrentar o vento. O bambu nos ensina sete coisas. Se você tiver a grandeza e a humildade dele, vai experimentar o triunfo da paz em seu coração.

A primeira verdade que o bambu nos ensina, e a mais importante, é a humildade diante dos problemas, das dificuldades. Eu não me curvo diante do problema e da dificuldade, mas diante daquele, o único, o princípio da paz, aquele que me chama, que é o Senhor.

Segunda verdade: o bambu cria raízes profundas. É muito difícil arrancar um bambu, pois o que ele tem para cima ele tem para baixo também. Você precisa aprofundar a cada dia suas raízes em Deus na oração.


Terceira verdade: Você já viu um pé de bambu sozinho? Apenas quando é novo, mas antes de crescer ele permite que nasça outros a seu lado (como no cooperativismo). Sabe que vai precisar deles. Eles estão sempre grudados uns nos outros, tanto que de longe parecem com uma árvore. Às vezes tentamos arrancar um bambu lá de dentro, cortamos e não conseguimos. Os animais mais frágeis vivem em bandos, para que desse modo se livrem dos predadores.

A quarta verdade que o bambu nos ensina é não criar galhos. Como tem a meta no alto e vive em moita, comunidade, o bambu não se permite criar galhos. Nós perdemos muito tempo na vida tentando proteger nossos galhos, coisas insignificantes que damos um valor inestimável. Para ganhar, é preciso perder tudo aquilo que nos impede de subirmos suavemente.

A quinta verdade é que o bambu é cheio de “nós” (e não de eu’s). Como ele é oco, sabe que se crescesse sem nós seria muito fraco. Os nós são os problemas e as dificuldades que superamos. Os nós são as pessoas que nos ajudam, aqueles que estão próximos e acabam sendo força nos momentos difíceis. Não devemos pedir a Deus que nos afaste dos problemas e dos sofrimentos. Eles são nossos melhores professores, se soubermos aprender com eles.

A sexta verdade é que o bambu é oco, vazio de si mesmo. Enquanto não nos esvaziarmos de tudo aquilo que nos preenche, que rouba nosso tempo, que tira nossa paz, não seremos felizes. Ser oco significa estar pronto para ser cheio do Espírito Santo.
Por fim, a sétima lição que o bambu nos dá é exatamente o título do livro: ele só cresce para o alto. Ele busca as coisas do Alto. Essa é a sua meta."

bambu


Livro: Buscado as Coisas do Alto

18 de mar. de 2011

Aves da Mata Atlântica: megadiversidade em perigo

O ornitólogo e diretor do Museu de Zoologia da USP, Luís Fábio Silveira, fala sobre as aves da Mata Atlântica e de como protegê-la

Qual o número estimado de espécies de aves conhecidas na Mata Atlântica?
Ainda não foi encontrado um número concreto. A variação vai de 800 a 1200 espécies. Isso acontece por não termos uma definição exata dos limites desse bioma. Alguns pesquisadores levam em consideração áreas que para outros não fazem parte da Mata Atlântica. Mesmo tendo como base o menor valor, temos um número significativo, já que existem 1.832 espécies catalogadas em todo país.






Quantas espécies podem desaparecer no curto prazo?
É um paradoxo. Até hoje não foi comprovado nenhum caso de extinção de aves na Mata Atlântica. O que acontece é um processo de declínio. Porém duas teorias podem definir o destino dos animais desse bioma. A primeira diz que pode haver uma evolução contínua dos pássaros – onde se adaptarão a restrição de espaço e variação de clima. E a segunda – vai por um viés mais radical – fala que começamos a viver um período de extinção em massa.

É possível frear essa perda?
Sim, mas a longo prazo. Para reduzir esses danos é preciso usar mecanismos de recomposição florestal, com a criação de corredores ecológicos, introduções de espécies e revigoramento de populações. Essas medidas funcionam, mas não em 10 anos, talvez em 50 ou mais. Por isso é preciso começar hoje.

Existem projetos de recuperação florestal previstos para finalização em 2020. Esse é um prazo ilusório?
As pessoas querem resultados imediatos. Mas se começarem amanhã, nessa é data é possível que exista uma capoeira, que não terá uma grande diversidade de aves, principalmente. Quando se começa a fazer o plantio, muitas mudas vão morrer, outras vão ser atacadas por formigas, por exemplo. É necessário ter um processo de política contínuo. Tem que ser uma diretriz de governo e não promessa de apenas uma campanha.

Com qual freqüência se encontra uma espécie nova?
É muito raro. O grupo das aves é o mais estudado entre os animais. Descobrir uma espécie de roedor é trivial, assim como insetos e peixes. Encontrar uma ave nova é um acontecimento, considerando o que já foi feito até hoje. A possibilidade de encontrar algo novo é cada dia menor.
 



Qual o panorama de pesquisa da área?

Existem pesquisadores, mas não são suficientes para a quantidade de material disponível. Mesmo assim, ainda descobrimos espécies. O que mais acontece são os novos arranjos taxonômicos. Às vezes existem espécies com quatro ou cinco subespécies e quando estudadas a fundo, é constatado que, na verdade, eram espécies diferentes.

A atividade de birdwatching contribui de alguma forma para a conservação da biodiversidade?
Contribui muito. É importante ter birdwatchers andando nas unidades de conservação. Além de ficarem atentos a qualquer tipo de modificação do ambiente, também inibem o tráfico de animais e outras atividades ilegais. Eles servem como vigias da natureza.
 
Essa é uma prática a ser incentivada?

Com certeza. É uma atividade que te deixa sempre em contato com a natureza. Em minha opinião é mais saudável que uma caminhada. Como birdwatcher a pessoa tem uma relação mais próxima com a natureza e aguça mais os sentidos. É preciso ter um bom campo visual e saber distinguir sons.
 


Qual o impacto do crescimento das grandes capitais?
Analisar uma lista vermelha de espécies é o resultado de como nós nos relacionamos com o meio ambiente. Há uma devastação de mais de 500 anos sobre a Mata Atlântica. O que temos que fazer é lidar com o prejuízo que já foi causado.


fonte:  Planeta Sustentável